29.7.09

Não é à toa que se insiste neste ponto

Cronicam no Público a chuva de assobios que a equipa do Sporting levou dos adeptos no final da partida com o Twente. O que eu não entendo é como é que tinham estas pessoas esperança de ver o Sporting a fazer alguma coisa esta noite. E, mais, pergunto-me, suscitado pelo João, quantas destas pessoas há uns meses atrás achavam que o Eriksson não era treinador para o Sporting.
E não é fazer papel de eterno resmungão; é criticar porque não aguento mais ver o Sporting refém destes incompetentes.

Mas vamos à análise do jogo: o que vi esta noite no relvado de Alvalade foi uma equipa esforçada, lutadora, nervosa, inconsequente. Um equipa que empatou a zero em casa frente a uma equipa muito modesta tendo jogado 70% do encontro com um homem a mais. Que rematou pouco e sempre de longa distância. Que troca bem a bola no meio campo mas não sabe o que fazer com ela no último terço do terreno. Em suma, fotocópia da época passada.
Aspecto positivos a assinalar são as exibições do Miguel Veloso (é um prazer observar-lhe os aspectos técnicos e tácticos, pecando ainda só nas decisões finais) e do Daniel Carriço (um jogador fabuloso) e a disponibilidade física do Matias Fernandez.
De virem as lágrimas à cara é a insistência na utilização dum Caneira-matraquilho a defesa esquerdo, a inconsequência de quaisquer livres/cantos (e já agora grande penalidades) que nos sejam favoráveis, ausência total de perigo em 90% dos cruzamentos efectuados em jogo corrido e a aposta em Rochemback como última arma de arremesso.

No final de contas o Paulo Bento acaba por ter uma característica interessante: a constância. Os jogos são todos uma cópia uns dos outros, não há surpresas, nem ofensivas, nem defensivas, nem sequer a nível de discurso. Quanto mais terei de sofrer, meu deus???

1 comentário:

Bobe disse...

O Sporting tem sido uma equipa monocórdica ao longo dos anos, tal como o discurso do seu treinador. Tendo o mérito de saber esperar por algum milagre que aconteça lá à frente. Sorte a do Sporting ter geralmente um milagreiro... mas quando Liedson não resolve, as debilidades não ficam apenas à vista dos mais atentos, mas sim de todos