E antes de iniciarmos o debate futeboleiro, deixem-me apresentar a equipa dos monos da bola. Seis indivíduos de diferentes espectros e raízes reunidos por um elemento essencial: a discórdia.
JB: o cérebro por detrás dos monos da bola. Estudou em França grande parte da sua vida e como tal é benfiquista de gema. É engenheiro do ambiente, mas as suas preocupações relacionam-se mais com o ambiente existente no balneário do Jesus do que com os flamingos do Tejo. Adepto fervoroso do "O Glorioso", está com Eusébio na atribuição do tremoço como o melhor marisco de todos os tempos. De espirito cientifico e entrepeneur, JB consegue algumas vezes manter a distância em relação ao seu clube e ser até racional, dentro das limitações naturais dum benfiquista, quando discute futebol. No entanto, a primeira coisa que faz todos os dias depois de se levantar é comprar o jornal "A Bola". Autor da frase "Nós somos os monos da bola. E a bola é a nossa vida."
JPLima: 3º primogénito em 4º grau de Pinto da Costa e fã das tácticas de vitimização-mas-no-final-os-vencedores-somos-nós, que tornaram o FC Porto o modelo de gestão de qualquer empresa nortenha que se preze. Este jovem engenheiro segue o futebol com um espírito atento aos mais inusitados acontecimentos, contabilizando acontecimentos incríveis como a quantidade de vezes que o Yannick Djaló se assoou indevidamente no campeonato de 2008 e respectiva influência para o facto do Porto não ter vencido a taça de Portugal nesse ano. Autor da frase "As caneleiras estão lá para alguma coisa"
Alex: Eleito melhor gestor boa-onda de 2005 pela revista de culto Natureza Eólica, Alex divide o tempo entre negócios em Luanda e a noite lisboeta onde tem ganho alguma reputação no DJing do Bairro Alto. É um sportinguista sem hesitações, mas admite não perceber muito de bola. Adepto fervoroso de Farnerud.
Bernardo: RP, gestor desportivo, psicólogo, jornalista, este homem não sabe o que quer na vida, excepto que o Benfas ganhe ao FCP, coisa que raramente acontece. Tido no meio em que se movimenta como protagonista de acesas discussões, cujo espectro tem a capacidade de abranger a teoria por detrás dos pensos higiénicos, Immanuel Kant e a biomecânica dos pitons do Yebda quando se dirigem aos tornezelos do João Moutinho, Bernardo fica sobretudo satisfeito na presença de um belíssimo copo de vinho.
Fred Batista: O verdadeiro mono da bola. Até aos 17 anos não fez mais nada na vida senão jogar à bola. E depois descobriu o álcool. Frederico foi de diversos clubes durante a sua infância, e só quando o Madjer calcanhou aquela bola em 1987 é que decidiu ser portista definitivamente. Essa inconstância foi contra-baçanlada com uma vida de facciosismo inveterado que o levava a dizer que o Mielkarski já merecia uma chamada à selecção portuguesa. À parte disso, é um bon-vivant, como qualquer outro assistente de bordo, e hoje em dia a maior parte das discussões de futebol que tem são com a sua mãe.
Raul Cisto: Teve como primeiro herói Jorge Cadete mas hoje em dia anda desanimado com os carniceiros que se apoderaram, democraticamente, do seu clube. A ideia de um Sporting feito de sportinguistas já lá vai e Raul sofre com a delapidação financeira e moral observada que empurrará o seu clube para a disputa pelo 3º lugar. Um tipo negativista, nao fosse ele dentista.
1 comentário:
Só para informar que sou portista de pequeno, ó Cisto...
Enviar um comentário