escrevo este post no rescaldo do benfica nacional que tem pano para mangas para comentários. estive mesmo para não o fazer depois de me ter quase fartado do assunto num longo telefonema-debate com um amigo sportinguista.
Sem mais demoras tenho que repetir o título, detesto mergulhos. Não posso com simulações de faltas de qualquer jogador e normalmente chateia-me mais quando são os de que gosto ou os da minha equipa. A simulação de uma falta desvirtua o resultado de um jogo de uma forma deliberada, ao contrário da maioria dos erros dos árbitros, que geralmente são bastante mais massacrados pela crítica. Pior, muitos, pessoas do futebol incluídas, parecem considerar que os jogadores tentarem enganar o árbitro faz parte do jogo. E se faz, como um dado empírico, é uma vergonha que faça como um principio.
Hoje o Pablo Aimar conseguiu (pelo menos para mim) por uma nuvem negra sobre um óptimo jogo do Benfica em que fomos muito melhores que uma das mais competitivas equipas da liga. Dizem os sportinguistas (sobretudo mas não só), e o meu amigo João Nuno em particular (muito atento aos jogos do Benfica) que o Pablo Aimar é um simulador compulsivo. Não concordo com alguns dos lances que os levam a esta análise mas tenho que dar a mão à palmatória na avaliação final. E mesmo que simulador não seja a palavra certa (hoje foi), será pelo menos um deixarsecairdor, o que não é menos irritante e pouco desportivo. O caso do Aimar é particularmente grave porque, pela sua qualidade e estatuto, os árbitros sentem-se mais impelidos a marcar falta nas suas quedas. Este último detalhe à parte, concordo que o mesmo se possa dizer do Di Maria. Cinjo-me hoje aos jogadores do Benfica porque acho que atacar este problema passa muito por reconhecimento em causa própria.
A minha recomendação é que se estude alguma forma de abordar este problema em processos disciplinares muito específicos. Porque este é um problema bicudo uma vez que trata de dissecar intenções do jogador acusado. Talvez mereça a convocação de um painel de peritos que vão ao detalhe da biomecânica envolvida, que solicitem a realização de um perfil psicológico do atleta e a condução de entrevistas a pessoas com informação relevante, etc. Parece um exagero? Concordo que é muito, não acho que seja demais. Em qualquer caso, sempre ficam com uma ideia da gravidade que atribuo a estes comportamentos.
E, para situações como a de hoje, nem é preciso tanto aparato.
2 comentários:
Quantos jogos levou o Lisandro pela simulação no jogo com o Benfica o ano passado?
gostei do que li.
Vamos assistir a este fenómeno o ano todo...no entanto, seria injusto não referir, que estão a jogar mt à bola...
Temos campeonato!
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