- É o objectivo, claro. Quando o Sporting se sagrou pela última vez campeão, gastava o mesmo que o FC Porto e o Benfica. Eles hoje gastam e investem mais, enquanto nós gastamos menos do que em 2002. Temos um orçamento que se calhar é caro para ficar em 3º lugar e que para ser campeão é muito barato.
- Uma boa desculpa...
- Não é desculpa nem desresponsabilização, mas põe mais pressão em todo o lado. O Sporting trabalhou mal a questão do 2º lugar. Sabíamos todos que era difícil ficar quatro anos à frente do Benfica e que a probabilidade de isso voltar a acontecer iria reduzir-se de época para época.
- Tendo essa consciência porque elevou a expectativa quando se candidatou?
- Foi talvez um dos problemas da minha candidatura: todos sentiram a pressão de fazer um brilharete. Talvez também não contássemos muito com o pé no acelerador do nosso concorrente. A verdade é que se criou uma pressão muito grande a todos os níveis, inclusivamente equipa técnica e jogadores. Todos sentiram uma pressão brutal de não falhar. Essa pressão vem da autoexigência e do brio. Por outro lado, anteriormente, poderíamos dizer que o plantel do Sporting era muito jovem e que, de alguma forma, essa circunstância permitia-lhe estar liberto de uma certa pressão. Mas hoje eles já não são os jovenzinhos que acabaram de chegar à equipa e passaram a sofrer a cobrança de fim de linha.
- Assim como aos clubes é exigido outro tipo de comunicação, também acho que há coisas que podem e devem ser explicadas para conforto de todos. Por exemplo, se na final da Taça da Liga há um erro grave que influencia e determina o resultado, os responsáveis devem vir a público dizer: isto correu mal, errámos! Põe-se um ponto final no assunto e seguimos todos a nossa vida.
- Insistindo: Vítor Pereira está disponível...
- É um caminho que pode e deve ser usado. Tem de haver maior aproximação.
- Mas já usaram?
- Não. Temos andado de costas voltadas. Temos todos a obrigação de melhorar as relações.
- A arbitragem serve de desculpa para tudo?
- Não, nem o Sporting usou esse argumento."
Enfim...
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- Como reage à antipatia que se gerou em relação a Ângulo logo no primeiro jogo?
- Acho que ao segundo já foi melhor... Ele sabe como é, aguentou bem. Tem muitos anos de futebol.
Desconheço qual o segundo jogo. Mas ou foi na Holanda em que entrou ao 82min ou foi contra o olhanense que saiu aos 27min.
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- Com o Hertha o Sporting ganhou e a reação foi idêntica...
- Acho que aí exagerámos na má exibição.
Muito bom este conceito de quantificar as más exibições.
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Para acabar, JEB deixa-nos em tom paternalista com um conselho:
"Demora tempo conhecer o Sporting. Não se nasce presidente do clube em 24 horas. Precisei de 3 meses para perceber o que é o clube. Aliás, recomendo vivamente a quem tenha a ambição de ser presidente do Sporting para se preparar e estudar"
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