11.11.09

Mas afinal o que importa a nacionalidade do novo treinador?

Diz a Bola, "...o próximo treinador será português, experiente, com conhecimento profundo do futebol português e, sobretudo, do Sporting – aqui, podem riscar-se os nomes de Manuel José, Manuel Machado, José Peseiro ou Augusto Inácio”

(Alguém entende esta frase? Será que eles queriam dizer 'arriscar-se' em vez de 'riscar-se?)

De qualquer modo, a ser verdade, lamento o espírito com que estas decisões sao tomadas. E frequente na definição de perfil de treinador incluir-se a nacionalidade que se pretende. Nunca se ouviu da boca dos dirigentes dizer-se "queremos um treinador que seja capaz de incutir uma lógica no futebol praticado". Do que se fala é da nacionalidade, da raça (este parametro resultante dum exagero de parvoíce do JEB), do conhecimento profundo do futebol português.
Tenho algumas dúvidas quanto a isso. O treinador não precisa per se de ter um grande conhecimento de como é que a Naval joga. De com quantos defesas o VilaCondense constrói um autocarro (a ilustração preferida dos benfiquistas). Essa informação deverá partir de um técnico adjunto, esse sim português com conhecimento profundo do campeonato.

Mas estas coisas sao de modas. O JEB fala em ter um treinador português devido ao sucesso actual do Jesus do Benfica (em contrapartida com o insucesso do Koeman, Quique e Camachito). Esquecemo-nos entretanto de outros treinadores estrangeiros que chegaram, viram e venceram (não vale a pena enumerá-los), além de não ter em conta por que é que os espanhóis do Benfica falharam (do meu ponto de vista, porque eram mauzinhos). Em suma, irrita-me que este homem (e muitos dos sportinguistas) vivam tão obcecados com a lampionagem. Não me mal-entendam: eu dificilmente os suporto, mas sugiro antes que os desprezemos e façamos o oposto das suas acções.

Portanto, um treinador como o Co Adriansen, homem racional, inteligente, imperturbável, seria capaz de ignorar eventuais lamúrias por parte de alguns jogadores e adeptos, mandar umas cabeçadas nos jornalistas, e transformar o futebol praticado. Eu não hesitava.

3 comentários:

Bobe disse...

ao ter já escolhido treinador, mais uma vez demonstra a preponderancia de um director desportivo

Cisto disse...

epa tens uma certa razao e eu lembrei-me de escrever sobre o facto de comecar a construir a casa pelo telhado, uma vez mais. No entanto, um director desportivo nao aparece do nada e comeca a dar cartas. Fala-se do exemplo do Valdano no Real Madrid, por exemplo. Pergunto-me, quantos anos terao sido precisos para projectar as funcoes dele? E qual a sua real influencia na tomada de decisoes de treinador, nessa que e' a equipa que mais roda de treinador que ja se viu, logo que nao se atinjam optimos resultados?
Uma estrutura e' essencial, concordo, mas uma estrutura nao se monta em semana e meia e o importante agora e' escolher um treinador que tenha as caracteristicas que eu descrevi.

frederico disse...

Queres o Co? Leva-o já! Mais casmurro que ele não deve haver muito, além de que ignora tudo fora do seu reduto.