1- Escrevi aqui há algumas semanas, que uma das vantagens deste Benfica, era o silêncio a que Luís Filipe Vieira (LFV) se tinha submetido durante esta época. Embora não seja regra, normalmente quando o presidente do Benfica fala a equipa não ganha. Ele falou na semana de Braga, depois de um largo silêncio, e a equipa perdeu. E voltou a falar esta semana, e a equipa também não ganhou em Olhão. E o que disse o presidente do Benfica? Que sabia como as coisas se faziam neste campeonato e que o presidente do Olhanense deveria ter cuidado com as alianças que estabelece. Obviamente que LFV se referia à parceria para a colocação de jogadores do FC Porto no Olhanense e, a possíveis incentivos do clube nortenho aos jogadores do Olhanense para dificultarem ao máximo a vida ao Benfica.
Eu não posso estar mais de acordo que não é normal esta onda de empréstimos massivos que se estabelecem entre clubes da mesma liga. Na minha opinião adulteram e muito a verdade desportiva e, por mais que me convençam do profissionalismo e da rectidão dos profissionais, para mim, à mulher de César não basta ser, tem também de parecer. Agora, o que eu gostava de perguntar a LFV é que tipo de relação tinha o seu Alverca com o seu Benfica? Ou que tipo de relação tinha o Estoril do administrador Veiga com o Benfica do director-geral Veiga e do presidente Vieira? E o que é feito desses dois clubes? E como se fizeram as coisas nos célebres jogos do Benfica com o Estoril na época em que o Benfica pela ultima vez foi campeão? Quando o rosto da verdade desportiva é LFV, o futebol português está à partida condenado. Só quem não tem memória pode levar este homem a sério e tê-lo como sério. Eu felizmente, ainda vou tendo memória e não tenho grandes ilusões quanto a pessoas sérias, especialmente aqueles que “do zero fizeram fortuna”.
Por outro lado, a equipa de futebol do Benfica continua o seu caminho. Comentei com um amigo meu, durante a semana, que achava que o Benfica não passava em Olhão, uma vez que via os jogadores a falarem demasiado do jogo com o FC Porto em vez de se concentrarem no jogo com o Olhanense. Dito e feito. A equipa voltou, uma vez mais, a garantir pontos nos derradeiros minutos do jogo. Havia acontecido com o Marítimo, quando marcou a quatro minutos do fim, com o Guimarães e com a Naval quando marcou no derradeiro minuto, e agora, empatou com o Olhanense nas compensações. Não discuto o mérito dos pontos conquistados, mas conquistá-los desta maneira, é sinal de estrelinha de campeão. Por outro lado, este Benfica não difere, até ver, de muito outros dos anos anteriores, isto é, continua a falhar nos momentos importantes. Em Braga, em caso de vitória, passaria para a frente e falhou. Com o Guimarães em casa, numa eliminatória difícil, foi eliminado. Com o Olhanense, quando poderia passar para a liderança isolado e receber o FC Porto com três pontos de avanço, esteve muito perto de perder. Vamos ver como corre no domingo e como serão as contas em Maio. Prevalecerá a estrela de campeão ou a incapacidade para se superar nos momentos decisivos?
2-Parece que o “Apito Dourado” morreu de vez, para gáudio de muitos portistas. Para muitos destes portistas, o “Apito Dourado” é uma obra montada pela Carolina Salgado, sob a batuta do Benfica, com a orquestra da Leonor Pinhão e do João Botelho. Defendem-se estes portistas que as vitórias do FC Porto internacionalmente são a prova provada de que as vitórias internas são obtidas com mérito e não à custa de favores e afins. Para eles tudo é normal e este processo apenas é fruto das mentes demoníacas dos adeptos rivais, que se socorrem de alguns episódios conhecidos para justificar os insucessos desportivos dos seus clubes. Para estes adeptos portistas é normal um árbitro ir a casa de um dirigente de um clube na véspera desse clube ser arbitrado por esse árbitro. É normal dirigentes e árbitros jantarem no mesmo restaurante, depois de um jogo em que todos foram intervenientes, em que a conta é paga por um dirigente. É também normal facturas com os nomes do meio de um árbitro irem parar, por engano, às contas de um clube. Para eles, tudo isto e muito mais, é normal. Para mim, desculpem lá, não é. Legalmente podem arquivar e inocentar quem quiserem. Moralmente os intelectuamente honestos já os condenaram. E eu falo à vontade, porque o meu clube nunca esteve envolvido em nenhuma escuta, embora a política de Soares Franco (contra a minha opinião) tenha sido mostrar indiferença face ao processo, em vez de o Sporting se constituir como parte altamente interessada no processo. Eu não discuto que o FC Porto tenha mérito nas suas conquistas, tenha profissionais de mão cheia, tenha uma mística própria e seja hoje em dia o único clube que representa condignamente Portugal lá fora. Mas a Juventus não era igual, e também não se provou que para além destes predicados todos, corrompia? E não estabelecer uma conexão entre o sucesso interno e externo não me parece também razoável. Então se eu tiver um exame domingo e outro quarta e souber que o meu pai vai receber lá em casa para jantar o professor do exame do domingo, no sábado a noite, não vou mais tranquilo para o exame de quarta e também para o de domingo? E as boas notas nos exames de quarta não geram incentivos (financeiros e motivacionais) para ser mais competitivo ao domingo e vice-versa?
3-Apesar de não viver em Portugal, continuo a pagar mais de 300 euros pelo meu lugar de leão (é um preço demasiado caro, tendo em conta a qualidade dos espectáculos e as condições que são dadas para a realização dos mesmos, nomeadamente no que toca ao relvado), aquilo a que chamo acto de caridade, e outros chamam desperdício de dinheiro com o clube do qual sou sócio quase há 25 anos. Sábado, aproveitando o facto de ir para Lisboa, fui a Alvalade ver o jogo. Confesso-vos: a minha paciência começa a esgotar-se. E acredito que se eu, sendo um doente por aquele clube, já me começo a marimbar para aquela apatia e para aquele discurso vazio e repetitivo, um adepto que não seja tão fanático, já há muito tenha desistido.
Ou eles não recebem o ordenado ao fim do mês ou então são maus profissionais. Para além da falta de qualidade evidente, não há entrega, não há luta, não há meter o pé. Há um espírito de resignação, de falta de motivação, de conformismo. É indiferente perder ou ganhar, só importa o que se busca no final do ano mês, porque aquilo é como a função pública: o plantel muda pouco, os onze ainda menos, mas os contratos são renovados, uma vez que não há dinheiro para buscar melhor. E no final é ver o João Moutinho, sempre ele, encolhendo os ombros, a dizer que não percebe o que se passa, e que os jogadores vão continuar a lutar. O Carvalhal a dizer que este é o Sporting que quer, e que não se pode dizer nada aos jogadores quando se tem 5 oportunidades de golo, e que se o empate já era injusto quanto mais a derrota. O Sá Pinto a dizer que fizemos uma segunda parte à Sporting, mas que apesar da derrota, continuamos na luta. E eu que abandonei o estádio a pensar que já tinha ouvido isto tudo em algum lado, que o Sporting tinha zero remates no final da primeira parte, que tinha visto era a União de Leiria a meter uma bola no poste e a ter um golo mal anulado!
Eu não posso estar mais de acordo que não é normal esta onda de empréstimos massivos que se estabelecem entre clubes da mesma liga. Na minha opinião adulteram e muito a verdade desportiva e, por mais que me convençam do profissionalismo e da rectidão dos profissionais, para mim, à mulher de César não basta ser, tem também de parecer. Agora, o que eu gostava de perguntar a LFV é que tipo de relação tinha o seu Alverca com o seu Benfica? Ou que tipo de relação tinha o Estoril do administrador Veiga com o Benfica do director-geral Veiga e do presidente Vieira? E o que é feito desses dois clubes? E como se fizeram as coisas nos célebres jogos do Benfica com o Estoril na época em que o Benfica pela ultima vez foi campeão? Quando o rosto da verdade desportiva é LFV, o futebol português está à partida condenado. Só quem não tem memória pode levar este homem a sério e tê-lo como sério. Eu felizmente, ainda vou tendo memória e não tenho grandes ilusões quanto a pessoas sérias, especialmente aqueles que “do zero fizeram fortuna”.
Por outro lado, a equipa de futebol do Benfica continua o seu caminho. Comentei com um amigo meu, durante a semana, que achava que o Benfica não passava em Olhão, uma vez que via os jogadores a falarem demasiado do jogo com o FC Porto em vez de se concentrarem no jogo com o Olhanense. Dito e feito. A equipa voltou, uma vez mais, a garantir pontos nos derradeiros minutos do jogo. Havia acontecido com o Marítimo, quando marcou a quatro minutos do fim, com o Guimarães e com a Naval quando marcou no derradeiro minuto, e agora, empatou com o Olhanense nas compensações. Não discuto o mérito dos pontos conquistados, mas conquistá-los desta maneira, é sinal de estrelinha de campeão. Por outro lado, este Benfica não difere, até ver, de muito outros dos anos anteriores, isto é, continua a falhar nos momentos importantes. Em Braga, em caso de vitória, passaria para a frente e falhou. Com o Guimarães em casa, numa eliminatória difícil, foi eliminado. Com o Olhanense, quando poderia passar para a liderança isolado e receber o FC Porto com três pontos de avanço, esteve muito perto de perder. Vamos ver como corre no domingo e como serão as contas em Maio. Prevalecerá a estrela de campeão ou a incapacidade para se superar nos momentos decisivos?
2-Parece que o “Apito Dourado” morreu de vez, para gáudio de muitos portistas. Para muitos destes portistas, o “Apito Dourado” é uma obra montada pela Carolina Salgado, sob a batuta do Benfica, com a orquestra da Leonor Pinhão e do João Botelho. Defendem-se estes portistas que as vitórias do FC Porto internacionalmente são a prova provada de que as vitórias internas são obtidas com mérito e não à custa de favores e afins. Para eles tudo é normal e este processo apenas é fruto das mentes demoníacas dos adeptos rivais, que se socorrem de alguns episódios conhecidos para justificar os insucessos desportivos dos seus clubes. Para estes adeptos portistas é normal um árbitro ir a casa de um dirigente de um clube na véspera desse clube ser arbitrado por esse árbitro. É normal dirigentes e árbitros jantarem no mesmo restaurante, depois de um jogo em que todos foram intervenientes, em que a conta é paga por um dirigente. É também normal facturas com os nomes do meio de um árbitro irem parar, por engano, às contas de um clube. Para eles, tudo isto e muito mais, é normal. Para mim, desculpem lá, não é. Legalmente podem arquivar e inocentar quem quiserem. Moralmente os intelectuamente honestos já os condenaram. E eu falo à vontade, porque o meu clube nunca esteve envolvido em nenhuma escuta, embora a política de Soares Franco (contra a minha opinião) tenha sido mostrar indiferença face ao processo, em vez de o Sporting se constituir como parte altamente interessada no processo. Eu não discuto que o FC Porto tenha mérito nas suas conquistas, tenha profissionais de mão cheia, tenha uma mística própria e seja hoje em dia o único clube que representa condignamente Portugal lá fora. Mas a Juventus não era igual, e também não se provou que para além destes predicados todos, corrompia? E não estabelecer uma conexão entre o sucesso interno e externo não me parece também razoável. Então se eu tiver um exame domingo e outro quarta e souber que o meu pai vai receber lá em casa para jantar o professor do exame do domingo, no sábado a noite, não vou mais tranquilo para o exame de quarta e também para o de domingo? E as boas notas nos exames de quarta não geram incentivos (financeiros e motivacionais) para ser mais competitivo ao domingo e vice-versa?
3-Apesar de não viver em Portugal, continuo a pagar mais de 300 euros pelo meu lugar de leão (é um preço demasiado caro, tendo em conta a qualidade dos espectáculos e as condições que são dadas para a realização dos mesmos, nomeadamente no que toca ao relvado), aquilo a que chamo acto de caridade, e outros chamam desperdício de dinheiro com o clube do qual sou sócio quase há 25 anos. Sábado, aproveitando o facto de ir para Lisboa, fui a Alvalade ver o jogo. Confesso-vos: a minha paciência começa a esgotar-se. E acredito que se eu, sendo um doente por aquele clube, já me começo a marimbar para aquela apatia e para aquele discurso vazio e repetitivo, um adepto que não seja tão fanático, já há muito tenha desistido.
Ou eles não recebem o ordenado ao fim do mês ou então são maus profissionais. Para além da falta de qualidade evidente, não há entrega, não há luta, não há meter o pé. Há um espírito de resignação, de falta de motivação, de conformismo. É indiferente perder ou ganhar, só importa o que se busca no final do ano mês, porque aquilo é como a função pública: o plantel muda pouco, os onze ainda menos, mas os contratos são renovados, uma vez que não há dinheiro para buscar melhor. E no final é ver o João Moutinho, sempre ele, encolhendo os ombros, a dizer que não percebe o que se passa, e que os jogadores vão continuar a lutar. O Carvalhal a dizer que este é o Sporting que quer, e que não se pode dizer nada aos jogadores quando se tem 5 oportunidades de golo, e que se o empate já era injusto quanto mais a derrota. O Sá Pinto a dizer que fizemos uma segunda parte à Sporting, mas que apesar da derrota, continuamos na luta. E eu que abandonei o estádio a pensar que já tinha ouvido isto tudo em algum lado, que o Sporting tinha zero remates no final da primeira parte, que tinha visto era a União de Leiria a meter uma bola no poste e a ter um golo mal anulado!
6 comentários:
Excelente post!
Bom post ainda assim fazia apenas 1 comentário ao ponto 2.
Os portistas não acham que o Apito Dourado seja uma "obra montada pela Carolina Salgado, sob a batuta do Benfica". Achamos que é uma vontade imensa de nos denegrirem e tiraram mérito (o muito que temos) nas vitórias alcançadas nas últimas 2 décadas onde nos tornamos uma das maiores potências europeias e a maior nacional, destronando o outrora poderoso Benfica...
é verdade, Luís, infelizmente não há volta a dar. Este ano o Sporting está condenado a lutar pelo quinto lugar. Temo é que não seja só este ano... Nunca vi o Sporting tão mal. Ou melhor, com tão poucas possiblidades de melhorar a curto/médio prazo
Caro JP Lima,
Tive o cuidado de dizer no post "Eu não discuto que o FC Porto tenha mérito nas suas conquistas, tenha profissionais de mão cheia, tenha uma mística própria e seja hoje em dia o único clube que representa condignamente Portugal lá fora".
Agora, a partir do momento em que sao tornadas publicas certas conversas e certos comportamentos de dirigentes, legitimamente as pessoas podem dar o desconto que quiserem ao merito das conquistas. Alias, com o Boavista passou-se o mesmo. Quem da merito hoje em dia ao boavista pelo titulo que conquistou em 2001? Quem ainda acredita naquela conversa do major que de um clube de bairro fez um grande clube portugues?
Depois das situacoes se darem a % que cada um atribui ao merito e a favores e susceptivel de discussao e cada um a distribui como quer.
E dps ha tb a questao da credibilidade da justica. a unica punicao que ha..verdadeiramente significativa e mandar um clube para a segunda. Nem um dirigente preso, nem um arbitro, nada. A montanha pariu um rato. Os factos todos provados, mas nada imputave.Porque tirar 6 pontos a um clube no unico ano depois de ser conhecido o apito dourado em que esse clube acabou c larga distancia do 2 lugar o campeonato (20 pontos)....e para ingles ver....
Lima,
O teu comentário só dá mais ênfase à veracidade do ponto 2 do post.
Acho que ninguém discute que vocês têm tido, nas últimas 2 décadas, por regra, a equipa melhor e mais consistente ao longo da época.
Mas...o PC não dura para sempre ;)
Gostei muito de ler este. E detestei ler este texto.
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