11.1.10

Mundo hipocrita este

Na passada semana, a caminho do CAN o autocarro da selecção togolesa foi metralhado durante 30 minutos em Cabinda. 3 pessoas morreram. O motorista, o treinador adjunto e o responsável pela comunicação faleceram. E digo bem: 3 pessoas, pessoas de "p" pequeno. Não eram jogadores, jogadores de futebol, não eram o Adebayor. Alguém acredita que tudo ficaria na mesma se tivesse sido um Adebayor a ser metralhado? Naquela zona de Cabinda jogará (sim, porque o CAN continuará) também a Costa do Marfim. E se tivesse sido o Drogba ou os Tourés? Este acontecimento desperta-nos para o que de mais nojento há, ao ver que há pessoas de primeira e de segunda. Os defensores da continuação da prova advogam que não nos podemos deixar subjugar pelos terroristas e o governo de Luanda vem agora dizer que está tudo em segurança... Togo saiu da prova e de resto tudo segue como de antes...
(Entretanto, há a notícia que o guarda-redes já está fora de perigo)