18.6.10

Argélia: uma equipa feita de Di Marias

Nem a propósito surgiu o Argélia-Inglaterra.
A Argélia tem aquilo que a Suíça não tem (por muito que o João Nuno Rodrigues queira acreditar no oposto): flair, capacidade física, vontade de vencer - sem medo. Mas não tem o que a Suíça tem: miolos.
É o exemplo perfeito para ilustrar que futebol que dá gosto ver nem sempre é o futebol que privilegia o ataque. Na verdade, poucas vezes me senti tão irritado a ver um jogo de futebol que não envolva o Sporting. A maioria destes jogadores africanos decidem quase sempre mal ao fim do 3º passe e não é por falta de capacidade técnica - que não fica muito longe da dos brasileiros -, é por estupidez atroz. Perdi a conta às vezes que o Ziani tentou o remate ou passe vistoso para nenhures (numa espécie de desespero inexplicável) tendo um ou dois companheiros praticamente livres de marcação. E os colegas não se diferenciaram muito disto: jogaram como se faltassem 10 minutos para o fim do jogo e a sua equipa estivesse a perder, abrindo alas à emoção; à precipitação; em suma, à estupidez.
Frente a uma equipa tão carente como a inglesa (o Gerrard, que é bom, joga como se estivesse aborrecido; o Heskey é um Hugo Almeida; Lampard insistiu em falhar todos os passes que tentou efectuar; destaque positivo apenas o Aaron Lennon, substituído pelo paupérrimo Wright Phillips), a Argélia em condições intelectuais normais teria dado 3 ou 4. Com um Hitzfield como treinador, e se deixassem o narcisismo de fora das 4 linhas, podiam até ser campeões.

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