Duda, o lateral esquerdo

Antes demais, gostaria de esclarecer que este post não é uma simples embirração com o jogador em causa.

Já ouvi muitos técnicos falarem que os defesas são para defender, quando alguém diz que determinado lateral ataca muito bem.

A verdade é que há laterais que atacam muito bem, apoiando bem o médio ou extremo na saída para o ataque.

O género de jogadores resultantes do fenómeno que começou a ocorrer em Portugal com o recuo de extremos para a defesa, garante isso mesmo, visto serem jogadores que apoiam bem o ataque e que a defender são algo rudimentares, disfarçando as suas lacunas com a sua velocidade.

Duda é um dos jogadores que sofreu essa metamorfose posicional (mas apenas na selecção...). No entanto, ao contrário do protótipo de jogador aqui definido, não ataca bem, ou simplesmente não ataca e não tem velocidade para disfarçar o quão mal defende. Duda é o que se pode denominar de um passador, não pelo número de assistências, que faz, mas sim pelo número de vezes que os adversários passam por ele. Ao aperceber-se das suas limitações, Duda não avança muito no terreno, e desta forma pouco ataca, sendo dificil criar desequilíbrios do lado esquerdo. De resto, mais jogadores, como o extremo ou o trinco, apercebem-se destas limitações defensivas e tentam ajudar Duda na sua posição, criando desequilibros defensivos na equipa...

No entanto, Duda continua 1ª opção para a lateral esquerda da selecção e jogadores naturais dessa posição, como Antunes ou André Marques são esquecidos. Nem adaptações bem conseguidas como a de Miguel Veloso é experimentada na selecção, nem outras adaptações por experimentar.