8.10.09

Ryan Giggs e as selecções

A FIFA anunciou que após o Europeu de 2012 as janelas de competição das selecções deixarão de ser de sexta a quarta-feira para passar a terminar à terça-feira. Isto leva a um estrangulamento das selecções, como diz Nuno Madureira no maisfutebol.
Na verdade, também não sou muito a favor destas jornadas desgarradas que quebram ritmo aos campeonatos e que não dão a nível de selecções para mais que um par de treinos para os jogadores conviverem um pouco entre eles. Tal como a FIFA acho que é necessário mudar. Mas mudar não significa acabar ou estrangular. Mudar para mim, significa, por exemplo dedicar 1 mês por ano a mini liga de qualificações. e uma qualificação fazer-se após esses 2 séries de ligas. Esta é apenas uma ideia. Acabaria por possibilitar a formação de um plantel, sistemas de jogo, rotinas, e daria maior importância as selecções e no computo geral os clubes não sairiam muito mais penalizados comparado com o que são hoje.

Este jornalista refere ainda um argumento de muitos dos que estão a favor desta medida (ou mesmo do desaparecimento das selecções): são os clubes que pagam os ordenados. Na realidade são os clubes. Mas também é nas selecções que muitos jogadores aparecem. Jogadores fracos, de clubes secundários, que conseguem ser transferidos e dar dinheiro aos seus clubes.
Então e os jogadores já consagrados? O que os clubes grandes ganham com isso? Das possíveis respostas para essas perguntas, começo por falar de Ryan Giggs. Um dos melhores jogadores dos últimos tempos que viu o seu reconhecimento internacional bloqueado pela fraca selecção de Gales. Claro que desportivamente para o Man Utd é e foi igual ao litro, mas a nível financeiro (que é a esse nível que muitos gostam de criticar as selecções por estas não pagarem os ordenados) a nível de marketing e merchandising, o nome Ryan Giggs poderia ter dado bastante mais do que deu. Exemplo de como pode ser importante a selecção num jogador consagrado, são os cálculos do Real que, segundo o Correio da Manhã, aponta para 100 Milhões que deixam de entrar nos cofres do clube no caso de Cristiano Ronaldo não ir ao Mundial.
Fazendo contas muito por alto, temos:
Ronaldo custa 1-1.2M por mês, 2 meses de qualificação mais 2 meses de Mundial dariam no máximo: 4.8 M. Desses as selecções têm já hoje de pagar uma parte (pequena, mas têm). Mesmo não contando com isso 100 -4.8 = 95.2 M que a Selecção pode dar ao clube.

Temos ainda o caso do LA Galaxy que confirma mais um empréstimo de Beckham ao Milan para que este possa ir ao Mundial.

As selecções são importantes. A nível desportivo, Mundiais, Europeus continuam e continuarão a ser competições de referência e das mais apaixonantes. A nível financeiro, também o são, não apenas para as Federações e Confederações, mas também para os clubes dos jogadores.

2 comentários:

Alex disse...

Excelente post. Não me tinha lembrado dessa possibilidade de mini-liga, mas parece-me um conceito interessante. ;-)

Mc disse...

Seria uma excelente ideia