Infelizmente empurrado para um segundo plano ficou o jogo para a Taça de Portugal entre o Sporting e o Clube Desportivo de Mafra, partida sem grande relevo, de resto, no que diz respeito a previsibilidade no Totobola, mas que poderia ter tido interesse táctico: Carlos Carvalhal tem vindo a mudar o esquema da sua equipa umas quantas vezes até finalmente ter acertado (mais ou menos) com aquilo que os sportinguistas lhe pediam - vitórias e exibições agradáveis. Algumas escolhas têm-me deixado algo insatisfeito, no entanto, como a não aposta no Pereirinha e Matias Fernandez, e encontrava-me com expectativas antes deste jogo com as oportunidades que Carvalhal poderia dar a alguns dos seus jogadores.
Mas em vez de se ter analisado o potencial de jogadores pouco utilizados ou de dar confiança a outros que dela precisam desesperadamente (como Hélder Postiga), o que aconteceu foi a confirmação do mal que determinados jogadores trazem ao Sporting. Anderson Polga perdeu a bola que originou o primeiro golo do Mafra, Vukcevic a que originou o terceiro. Ambas perdas de bola incomportáveis com o futebol ao mais alto nível.
Se me disseram que qualquer pós-junior do Sporting é pior que o brasileiro, a Academia não teria sido premiada da maneira que foi. Quanto ao montenegrino, a sua indisciplina comportamental só tem paralelo com o desrespeito táctico que exibe. Este jogador de técnica (com o pé esquerdo) e capacidades físicas raras estraga tudo ao não respeitar o treinador, colegas e sobretudo adeptos sportinguistas. Era Vukcevic que deveria ter sido apupado e não Rui Patrício, o melhor guarda-redes português a jogar no Sporting desde Vítor Damas. Se há jogador que tem exibido níveis de concentração elevadíssimos tem sido este jovem, com defesas fantásticas que têm permitido ao Sporting subir na tabela e na auto-estima. Vukcevic consegue em determinados lances espontâneos criar oportunidades de golo, é verdade. Mas para tal parece que para cada situação dessas é obrigado a dar cabo de 10 construções (que por vezes até resultam em golo do adversário) por motivos fúteis.
Dentro de outros péssimos, encontra-se também Grimi. Foi curioso concluir que este jogador sempre que disputa uma bola tem apenas um objectivo: pontapeá-la, como fazem os foragidos do Miguel Bombarda. Quanto ao centros e passes para a frente que tenta efectuar são descritos apenas recorrendo à palavra ridículo, mesmo quando tem tempo e espaço. Em suma, é a confirmação de um jogador horrível.
Constragedoras as exibições de Abel e Pedro Silva, que devem estar bastante envergonhado com o abismo que os separa do João Pereira. Têm de ganhar ritmo e confiança, não se assustar com o concorrente, mas sim motivarem-se pela competição, que vem aí a Liga Europa, onde se espera que o Sporting faça um grande percurso (not).
Gostei de ver o Matias, como sempre, não há que perder muito tempo a analisar a sua prestação, duas assistências, um golo.
Nota ainda para o facto de, sem Moutinho, os cantos serem infinitamente mais perigosos (mesmo que recentemente ele tenha proporcionado dois golos dessa maneira).
O público de Alvalade mostrou um grau de estupidez inenarrável, ao apupar o nosso guarda-redes, Liedson não gostou, Sá Pinto decidiu dizer ao Liedson que ele não tem nada de gostar ou deixar de gostar, Liedson disse a Sá Pinto que ele não tem nada de gostar ou deixar de gostar do facto dele ter gostado ou deixado de gostar da atitude do público, saldaram-se dívidas atingas, e houve batatal.
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