Sporting-Atlético

E pronto. Tal como eu temia, o Sporting foi eliminado. Friamente, era difícil fazer melhor. Começar um jogo com o Atlético Madrid sem os quatro defesas titulares e sem o médio mais completo e quando ainda por cima se deixa no banco durante 75 minutos um dos poucos jogadores que poderia desequilibrar (Matías)... Enfim, era de facto difícil ganhar. Ainda assim foi um jogo muito equilibrado e qualquer equipa poderia ter vencido. Foi mesmo uma questão de sorte e, claro, de muito Agüero, um fora de série numa equipa vulgar e com uma defesa de papel. Não percebi a inversão de estratégia do Sporting a partir dos 60 minutos. No início da segunda parte, a equipa criou três boas oportunidades através de jogadas rápidas pelo meio, com tabelinhas. Por quê optar tão cedo pelo futebol directo, com balões para a área? Não percebo.
Dos factos marginais ao jogo, a rábula em torno de Izmailov é de uma injustiça atroz para um dos jogadores que mais se tem sacrificado pelo Sporting. Saberá o senhor Costinha quantas vezes o russo jogou lesionado pelo clube? E terá certamente obrigação de conhecer o problema crónico de Izmailov no joelho, que o leva a ter recorrentemente dores, com o risco inerente de um agravamento em caso de grande esforço.
Por fim, os tristes acidentes entre os adeptos. Nada desculpa que se tomem atitudes destas. Num mundo perfeito, nem seria preciso polícia... Mas a completa desorganização da PSP, incapaz de controlar dois autocarros do Atlético que chegaram à hora do almoço a Alvalade... Inacreditável! Que tenrinhos... Em dia de jogo de alto risco em Alvalade, aquela hora, estava... um polícia presente?! Foi aí que começou tudo e infelizmente quem pagou foram pessoas que nada tiveram a ver com isto, pois 90 por cento dos espanhóis vieram a Portugal apenas para apoiar a sua equipa. Os outros 10 por cento são aqueles pobres infelizes que se aproveitam do futebol para esconder as suas frustrações.