mais um Caicedo

(Será a frase proferida pelos sportinguistas na próxima pré-época quando um novo jogador medíocre e extremamente dispendioso estiver em vias de ser contratado.)

Os sportinguistas escolheram José Eduardo Bettencourt como seu presidente devido as suas capacidades enquanto gestor, tendo o outro candidato sido vítima de uma campanha de descredibilização, sendo por várias vezes apelidado de um novo Jorge Goncalves. De repente cultivou-se um espirito de elitismo que nunca conheci no Sporting: um elitismo do sangue e não do espírito. Irónico o facto de ter sido aquele que suscitou nos sportinguistas o metodo dinástico de escolherem nos seus presidentes, Jose Roquette, ser agora suspeito da trafulhice BPN.

Mas fujo a questao em causa: Felipe Caicedo, ou o brilhantismo empresarial dos dirigentes do Sporting. Sou totalmente contra contraterem jogadores só por contratar, mas, a luz do que ja aqui escrevi era por demais evidente de que o Sporting precisava de mais reforços para além do Matigol.

O problema é que o Sporting começou a contratar para as posições erradas e com os timings errados. Mas, se é discutível a necessidade de mais um médio centro, que obrigará o João Moutinho a jogar ligeiramente fora de posicao e a não se afirmar de uma vez por todas como o 10 que a Seleccao Nacional precisa, além de inibir a utilização de outros promissores jogadores, como Adrien Silva (um pouco emparedado entre Miguel Veloso e Rochemback) ou de mais um avançado sem provas dadas de goleador, o que vai limitar a utilizacao do Helder Postiga (jogador bastante dispendioso) e Yannick Djaló (que tem 18 golos marcados pelo clube onde foi formado), torna-se absolutamente grotesca a contratação de um avancado de salários de Premier League, que segundo o Público é a grande esperança dos sportinguistas, numa altura em que não vai poder ser utilizado no primeiro jogo de apuramento para a Champions League. E relembro que se o Sporting passar a fase de grupos recebe 5 milhoes de euros.

Não defendo o contar com o ovo no cú da galinha como política de contratações, mas isto que se observa é absolutamente ridículo e uma vez mais não vejo os jornais comentarem tamanha estupidez.