Vai-e-vem

Falei de introspecções, vamos a factos:

Pedro Afra assumiu em 2007 a função de director geral do grupo Sporting. Em Maio deste ano, Afra abandona essas mesmas funções. A rescisão do contrato implicou o pagamento a este senhor de cerca de 460.000 euros (de notar que se encontrava na estrutura do Sporting desde 2000). Na nota de imprensa refere-se que o antigo dirigente prepara um novo projecto de media para o Sporting, o qual será oportunamente divulgado. De facto, uma semana volvida, e já tinha constituído uma nova empresa que passou a prestar serviços ao grupo Sporting. Ou seja, primeiro rescinde-se, paga-se uma indemnização choruda (sublinho, quase meio milhão de euros) e uma semana depois requere-se os serviços do mesmíssimo ex-director.

Já Rita Figueira, por razões não esclarecidas (como sempre), saiu da estrutura do Sporting no ano passado (tendo antes substituido Rui Meireles, que foi ressarcido generosamente com valores perto dos 500.000 euros, mas nunca foram confirmados). A advogada foi então ressarcida monetariamente (valor não divulgado, mas segundo a minha fonte rondará os 300.000 euros). Na altura perguntei-me qual seria o próximo emprego da dra Rita. Hoje já sei: segundo o Record parece que o Sporting fez de novo Outsourcing e contou com os serviços da advogada no acertar de contas com o F.C Porto no negócio Moutinho.

Salema Garção, esse, foi ressarcido com 190.000 euros (JEB recusou-se a revelar o valor desta indemnização na última AG). Resta saber que empresa irá Salema montar e que serviços irá agora prestar à grande instituição Sporting.

Acredita-se muito facilmente que o Sporting pagou bem mais de 1 milhão de euros a estes 4 profissionais como indemnizações de quebra de contratos.